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27-JAN-2025

Crato celebra renovação de fé e cultura do sertanejo com a 110ª Devoção à Santa Cruz da Baixa Rasa

Por Comunicação 27/01/2025 #turismo

A romaria da Devoção à Santa Cruz da Baixa Rasa reuniu, neste sábado (25), vaqueiros e vaqueiras do Cariri para as comemorações da 110ª edição desta celebração carregada de história, fé e tradição.

Reconhecida como Patrimônio Material e Imaterial do Município do Crato, a concentração aconteceu em frente à Capela do Lameiro, com um cortejo que seguiu em cavalgada até a localidade da Baixa Rasa, no coração da Floresta Nacional do Araripe.

Entre os muitos presentes, os familiares da Vó Pretinha, responsável pelo início desta celebração, que atravessa gerações. "Eu comecei a vir com 6 anos, com a minha mãe e meus tios. Todos os anos eu tô aqui. Comecei a vir para aqui montado num jumentinho, um com uma carga d'água e outro com comida. Bem ali, tinha um tronco de pau, a gente botava as coisas lá embaixo. Era muito bonito de primeiro, todo mundo montava um cavalo, bicicleta, de pés, não tinha carro, hoje é diferente. Mas a fé continua", descreveu Seu Expedito Manoel dos Santos, de 74 anos.

A cerimônia contou com a presença da Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto e do Grupo de Lapinha da Mestra Zulene Galdino, além do prefeito André Barreto, da secretária de Cultura, Fabiana Vieira, servidores municipais, vaqueiros e fiéis. O momento de devoção foi marcado pela celebração de uma missa conduzida pelo Padre Édson e pela reza do terço.

Com o apoio da Prefeitura do Crato, a celebração envolveu as Secretarias Municipais de Turismo, Cultura, Segurança Pública, Saúde e Serviços Públicos, que deram suporte ao evento em parceria com a Polícia Ambiental e agentes do ICMBio.

O Secretário de Turismo, Luís Carlos Saraiva, ressalta a importância desse momento para o calendário turístico, cultural e religioso do Crato, que todos os anos reúne pessoas de todas as idades, e enfatiza a força e a religiosidade do povo sertanejo.

A história por trás da devoção remonta à saga de um vaqueiro que, vindo de Pernambuco, perdeu-se na Chapada do Araripe. Lá, morreu de fome e sede. Um ano depois, a Vó Pretinha começou a peregrinação ao local, acendendo velas e pedindo para que o vaqueiro intercedesse para que uma peste da época não chegasse à região. Hoje, a história vive não só no imaginário popular, mas no coração e na fé de muitos fiéis.

 

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