A Coordenação Geral de Doenças em Eliminação (CGDE), do Ministério da Saúde, esteve no município do Crato, nesta terça-feira, 17, para realização do Inquérito Nacional de Incapacidades Físicas em Hanseníase. O objetivo é estimar a frequência de incapacidades físicas ocasionadas pela doença, em casos pós-alta por cura, e auxiliar os gestores estaduais e gerentes dos programas de hanseníase na elaboração de planos de ação para o enfretamento da doença.
Para isso, a equipe do MS juntamente com médicos dermatologistas do município, realizaram avaliações junto a sete pacientes cratenses que tiveram alta por cura, de 2015 a 2019, no Centro de Especialidades. No Ceará, além de Crato, também participam do inquérito os municípios de Canindé, Caucaia, Fortaleza, Horizonte, Icó, Iguatu, Juazeiro do Norte, Maracanaú e Sobral.
"Foi gratificante acompanhar os atendimentos dos nossos pacientes, aqui no município, e atingirmos o nosso objetivo. Além de contribuir para o inquérito nacional, nos auxilia a gerenciar e melhorar nossos serviços voltados a esses pacientes pós-alta por cura de Hanseníase", comentou a enfermeira Hallana Teles, responsável pelo acompanhamento desta área.
Sobre o inquérito
Foi realizada a Avaliação Neurológica Simplificada (ANS) junto aos pacientes. Este é um exame de caráter obrigatório e tem por objetivo monitorar a função neural do paciente acometido pela hanseníase, verificando se há alterações autonômicas, comprometimento da sensibilidade ou diminuição da força muscular como resultado do dano neural. Através da ANS é possível detectar o grau de incapacidade física apresentado pelo paciente.
Com o inquérito nacional também se pretende descrever o perfil clínico e epidemiológico dos casos, conhecer a frequência de incapacidades por segmento (mão, pé, olho), conhecer a progressão do grau de incapacidade pós-alta e avaliar condição de saúde e deficiência dos pacientes de hanseníase no pós-alta. O objetivo geral é estimar a frequência de incapacidades físicas no período de 2015 a 2019 no Brasil.