Com o objetivo de diminuir os índices de violência doméstica no município, através da discussão no ambiente escolar, a Prefeitura do Crato, por meio da Secretaria de Educação, reuniu na tarde dessa quinta-feira (20), órgãos como a Universidade Regional do Cariri, Delegacia da mulher, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Núcleo da Mulheres, a Procuradoria do Municipio e o vereador Amadeu de Freiras para discutir a implementação do ensino da Lei Maria da Penha nas escolas municipais.
A prefeitura irá providenciar um decreto que estabelece a inclusão do conteúdo relativo à Lei 11. 340/2006, conhecida popularmente como "Lei Maria da Penha", no conteúdo do Ensino Fundamental II, em 26 escolas da rede pública. O projeto tem por objetivo tornar a temática de combate à violência contra a mulher uma componente curricular para abordagem do assunto em sala de aula.
A secretária de Educação, Germana Brito, destaca que a inclusão do tema nas escolas é um instrumento de educação para formar e conscientizar os jovens sobre o assunto. "Os números de violência contra a mulher ainda são muito alarmantes e esse debate também precisa ser feito no ambiente escolar, porque à medida que se trabalha esta temática entre os alunos, vamos estimular a reflexão, criar nova cultura de boa convivência e respeito, contribuindo para a formação de seres humanos melhores", explicou.
De acordo com a secretária, será elaborado um projeto de formação, por uma equipe de professores da Universidade Regional do Cariri (URCA), através do Departamento de Educação, onde será iniciado um diálogo de como será aplicado essas questões no dia-a-dia dos alunos.
Bastante sensível às propostas apresentadas, o prefeito Zé Ailton ressaltou seu compromisso em não medir esforços para apoiar a implementação da lei nas escolas. "Só é possível um desenvolvimento por meio da educação, sem isso nós não avançaremos. Com a implantação da lei, podemos diminuir esses índices alarmantes em nossa cidade", disse.
O próximo passo para a implantação será a elaboração do material pedagógico com os professores que serão capacitados. Em seguida, será transformado a Lei Maria da Penha num programa para que seja trabalhado na grade curricular para que essa proposta venha contribuir para a consciência das novas gerações.